A
plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar
em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em
função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.
Há
alguns anos atrás, admitia-se que o tecido cerebral não tinha
capacidade regenerativa e que o cérebro era definido geneticamente,
ou seja, possuía um programa genético fixo. No entanto, não era possível
explicar o fato de pacientes com lesões severas obterem, com técnicas
de terapias, a recuperação da função.
Porém,
o aumento do conhecimento sobre o cérebro mostrou que este é muito mais
maleável do que até então se imaginava, modificando-se sob o efeito da
experiência, das percepções, das ações e dos comportamentos.
Deste
modo, podemos referir que a relação que o ser humano estabelece com o
meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma
constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida. Assim, o
processo da plasticidade cerebral torna o ser humano mais eficaz.
A
plasticidade cerebral explica o fato de certas regiões do cérebro
poderem substituir as funções afetadas por lesões cerebrais. Como tal,
uma função perdida devido a uma lesão cerebral pode ser recuperada por
uma área vizinha da zona lesionada. Contudo, recuperação de certas
funções depende de alguns fatores, como a idade do indivíduo, a área da
lesão, o tempo da exposição aos danos, a natureza da lesão, a quantidade
de tecidos afetados, os mecanismos de reorganização cerebral
envolvidos, assim como outros fatores ambientais e psicossociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário